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O cenário atual exige que empresas e investidores adotem posturas que vão além da busca por lucro. A crescente preocupação com a sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança corporativa (ESG) impulsiona a necessidade de investimentos em iniciativas que conciliem o retorno financeiro com o impacto positivo na sociedade e no planeta.

Nesse contexto, o Venture Capital se destaca como um importante instrumento para o fomento a negócios inovadores e disruptivos que contribuem para um futuro mais sustentável e equitativo. Em uma publicação realizada pelo Blueprint, cujo nome é “A Blueprint for Responsible Investment”, vê-se que “cerca de 26% do mercado de investimentos já conta com algum tipo de estratégia de investimentos responsáveis, com destaque para a Europa e a região da Austrália/Nova Zelândia, onde este número ultrapassa os 50%”.

Além disso, segundo relatório do Distrito, uma pesquisa da consultoria e auditoria EY mostrou que fatores não financeiros se tornaram parte fundamental do processo de tomada de decisão de investimento. Em um levantamento com investidores institucionais, 97% afirmaram que realizam algum tipo de avaliação não financeira nas empresas candidatas a receber investimentos.

Dito isso, empresas focadas em energia renovável, tecnologia limpa (cleantech), agricultura sustentável, reciclagem e economia circular são exemplos de setores onde o VC tem investido significativamente. Essas iniciativas não apenas contribuem para a mitigação das mudanças climáticas e a conservação dos recursos naturais, mas também abrem novas oportunidades de mercado e impulsionam a inovação tecnológica.

Para além da sustentabilidade ambiental, o Venture Capital também apoia empresas que promovem a responsabilidade social, isto é, startups que atuam em áreas como inclusão financeira, educação acessível, saúde pública e direitos humanos. Assim como empresas que desenvolvem tecnologias para ampliar o acesso a serviços financeiros em comunidades carentes, por exemplo, ou aquelas que inovam no setor educacional, oferecendo plataformas de aprendizado online acessíveis e de qualidade. Uma outra faceta deste assunto, são as certificações e iniciativas que têm sido adotadas pelo mercado financeiro, com o objetivo de assegurar que os investimentos sejam de fato responsáveis e sustentáveis.

As certificações ESG (Environmental, Social, and Governance) são um exemplo proeminente. Estas avaliam as práticas ambientais, sociais e de governança das empresas, fornecendo uma métrica para investidores que buscam assegurar a responsabilidade e a sustentabilidade de seus portfólios. Um bom exemplo disso é o B Impact Assessment, ferramenta de avaliação utilizada pelo Sistema B para classificar o impacto positivo gerado por uma companhia.

Porém há diversas outras possibilidades de incorporar os critérios ESG ao processo de investimento como um todo. Fazer a seleção de empresas que apresentam retorno financeiro e impacto positivo, seja ele social e/ou ambiental, avaliar os impactos da empresa sobre a comunidade e principais stakeholders (empregados, administradores e acionistas) na fase de due diligence, e auxiliá-las em questões de governança após o investimento são ótimas ilustrações disso.

Por fim, segundo um artigo publicado pelo Fórum Econômico Mundial, as firmas de Venture Capital são uma “força crítica na formação do futuro das pessoas, do planeta e da sociedade, à medida que continuam a investir nas empresas líderes e nas tecnologias inovadoras do futuro”.

Logo, vê-se que é esperado que este mercado se posicione cada vez mais como um agente transformador no financiamento de iniciativas sustentáveis e socialmente responsáveis. Ao apoiar startups inovadoras que enfrentam desafios ambientais e sociais, o VC não só contribui para a criação de um futuro mais sustentável, mas também capta oportunidades de mercado emergentes.

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